Investimento estrangeiro em imobiliário no valor mais alto em 15 anos.
As transacções de investimento directo estrangeiro (IDE) em Portugal foram de 6800 milhões de euros em 2023, menos 16% do que em 2022. Do total das transações de IDE em Portugal o ano passado, mais de metade (3.900 milhões de euros) foram relativas a investimento imobiliário — mais 22% do que em 2022.
Entre o final de 2008 e o final de 2023, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal mais do que duplicou, enquanto o stock de investimento direto de Portugal no exterior cresceu 22%. No final do ano de 2023, o ‘stock’ de investimento direto estrangeiro em Portugal era de 180.000 milhões de euros (mais 10.600 milhões de euros face a 2022) e o ‘stock’ do investimento direto de Portugal no exterior era de 64.000 milhões de euros. Estes montantes representavam, respetivamente, 68% e 24% do PIB português.
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O ano passado, as regiões da Grande Lisboa, do Norte e do Algarve concentravam 81,6% do total do ‘stock’ de IDE em Portugal. As regiões com menor concentração de investimento direto proveniente do exterior eram a Região Autónoma dos Açores, com 0,5 mil milhões de euros (0,3% do total de IDE), o Oeste e Vale do Tejo, com 2,6 mil milhões de euros (1,4% do total de IDE), e a Península de Setúbal, com 3,9 mil milhões de euros (2,2% do total de IDE).
Entre 2017 e 2023, as regiões que registaram crescimentos mais elevados de IDE foram o Centro, o Alentejo e o Algarve: 86,5%, 78,6%, e 68,4%, respetivamente. Em sentido contrário, de entre as regiões que registaram decréscimos, destaca-se a Região Autónoma da Madeira com uma diminuição de 51,3%.
Quanto ao total das transações de IDE em 2023, a maior parte veio de países da Europa (4.993 milhões de euros), seguido de países da Ásia (1.175 milhões de euros).
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Komen